sábado, 31 de março de 2012

Tudo o que vai, pode só ir

Porque é duro aceitar. Sei que a insistência só piora as coisas, mas eu insisto porque quero refazer os passos, saber onde foi mesmo que largamos as mãos e fomos um para cada lado. O duro de relacionamentos não nomeados é que não pode-se discutir. Conversar. Perguntar por que.

Por que?

Assim, você veio, eu disse que estava tudo bem, nada de mais, a gente curtia esse tempo junto e pronto. Mas não. Você quis mais. Quis que fosse intenso, exigiu minha alma, eu dei. Dei porque é de mim tentar, me desvendar, me arriscar. Quanta bobagem. Foi na entrega que te perdi. Quando você dá dois ou três passos a mais do que poderia dar e diz isso, você espera que a outra pessoa faça o mesmo. Quis que você fizesse isso, mas você separava bem as coisas e a minha entrega, mesmo que motivada e apressada por você, não o obrigava a fazer o mesmo. Descompassos que não entendo. Hoje sinto falta do que tínhamos antes, do que tivemos então e sobretudo do que poderíamos ter tido.

Porque é muito duro desistir.

4 comentários:

Nara disse...

Anda ouvindo meus pensamentos, Dai?

Desistir e perder. Tô aprendendo.

Amei e me identifiquei com o texto, flor.

Beijo

Frau Forster disse...

Lindo, triste e profundo. Se já é difícil entender aquilo que se pode nomear, o que dirá aquilo que "não-se-pode-nomear"...

Alline disse...

Ichh, aconteceu comigo. Tá mais ou menos curado, não esquecido. Mas sei que jeito não tem. Se não tem jeito, que jeito? Bola pra frente, Dai. Há coisas que ficam sem explicação mesmo, ou são tão simples que a gente não se dá conta.

Ó, eu voltei... rs... Não sei se é permanente ou a empolgação das férias. rs

Beeeeeeeijo

Michele Pupo disse...

A drogas das expectativas, das ilusões e devaneios que faz com que nos rendamos sem ter um porto-seguro...

Mas até a saudade um dia passa.

Um abraço