sábado, 25 de setembro de 2010

Votar em Tiririca? Só se tiver titica na cabeça

Li uma notícia na Folha de São Paulo de hoje e fiquei ainda mais indignada com a postura que o Tiririca tem nessas eleições.

Nem um circo respeitável aceitaria o tal palhaço em sua trupe. Votar nele não é um protesto é falta de consciência politíca mesmo. E é sobre ele que eu falo, com mais propriedade e tempo, no blog Sob Nossa Lente.

Clique aqui e vá para a minha postagem, o título é: Titica? Ah...Tiririca.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Guarda, Fidel e Chico

Rotatória da cidade, batida rotineira feita pelos guardas de trânsito. Um policial, apelidado muito carinhosamente de marronzinho (não sei se em todos os lugares eles são chamados assim), manda eu encostar a moto.

Paro.

- Documento da moto e CNH.
- É uma scooter.
 - O que foi?
- O senhor disse  ‘moto’ e... bem, é minha e tudo, e eu gosto muito dela e tal, mas dizer que é uma moto, moooooto não é.
- Os documentos, por favor.

Entrego o documento da Biz e um canhotinho escrito: Retirada de CNH depois das 13h00 do dia seguinte.

-  A senhora  não tem carteira de motorista??
 - Claro que tenho, mas ó!
- Então me dê!
- Veja, é o seguinte, eu perdi minha CNH e fiz outra, como o senhor pode ler, o senhor pode, não é? Então, como o senhor pode ler, eu vou pega-la amanhã.
- Eu terei que apreender a moto.
- De jeito algum!!! A Fidel ninguém leva.
- Quem é Fidel???
- A moto.
-  Mas a senhora não disse que não era moto?
 - Força de expressão, mas então, a Fidel ninguém leva.
- Fidel de Fidel Castro?
- Não, Fidel de fidelidade mesmo.
 - A senhora está me gozando?
-  Gozando estaria o senhor ao achar que eu chamaria minha Biz de Fidel Castro!

 Deixo cair um dos fones  de ouvido.

 - Mas o que é isso? A senhora estava ouvindo música???
- Nossa, quando ouço música nem ligo dos outros me apertarem no corredor, fico até esperando  motorista de caminhão manobrar, se for preciso.
 - Eu terei que multá-la.
 - Por que?
- Porque não pode ouvir música!
- Mas no carro não pode?
- Pode.
- Qual a diferença, então?
- A diferença é que a senhora tem uma moto e não um carro.
- Aff, isso é justificativa?
 - Está boa pra mim. O que você estava ouvindo?
- My father’s gun do Elton John
-  O que significa?
- A arma do meu pai, a grosso modo.
- Mas o que é isso? É algum rap de morro? Eu vou autuar a senhora!!!
- É o Elton John! Dos Beatles, lembra?
- Ahh... Aquele do óclinho redondo? Uma pena ter morrido...
- Não!!! Esse era o John Lennon!
- ...
-...
- Documentos?
- Mas o senhor está com eles na mão!
- Ah sim...terei que apreender a moto!
- Olha, vou explicar pro senhor, tá? Negócio é o seguinte. Semana passada fui renovar os documentos da moto, daí tinha perdido a CNH e tive que tirar outra, mas não quiseram aceitar meu RG porque a foto era de criança, e tive que tirar um RG novo, bom, a questão é que deixei mais de 500 reais no Poupatempo e eu não vou ser multada de jeito algum!!!
 - A senhora estava dirigindo com o documento vencido e sem CNH, apenas com o RG?
- Não, estava sem o RG, porque não encontrava depois da mudança.
- Mas ora veja! Que mudança?
- Mudança, mudei da casa da minha mãe. Estou morando com umas amigas agora.
- República?
- Não senhor, elas não gostam que chame de república.
- Suas amigas, são bonitas?
- Sim senhor, uma mais que a outra.
- Hum...
- Pois é.
- O que você está ouvindo agora?
- Com açúcar, com afeto, do Chico
- Jura???
- Anham, quer  ouvir?
 - Posso?

Coloca o outro fone no ouvido, o que tinha caído, então ficamos nós dois, cabeças quase  colodas, dividindo o fone
- .... Fiz seu doce predileto pra você parar em casa, qual o quê... ele cantarolou
- Meu pai tocava essa música toda vez que pegava o violão – continuou o guarda, com os olhos marejados. 

Depois de  alguns segundos: 

- Pode ir, mas amanhã você busca essa CNH, entendido?
- Sim, senhor, sem falta
- Promete?
- Prometo.
- Posso ouvir mais uma vez?
- Pode.

Passei os dois fones para ele, esperei ele terminar a música, dei-lhe um tapinha nas costas e segui em frente com a minha Fidel.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Em Cena: Ars em Palavras

Quem me conhece sabe que uma das minhas grandes paixões é cinema. Então foi com muito prazer e empolgação que eu aceitei o convite do Felipe para participar do Blog Ars em Palavras. A intenção do blog é falar sobre artes em geral, mas sobretudo o cinema.

Como aqui no Baú eu já falo sobre literatura e etc., lá no Ars em reservarei meu lugarzinho para só falar de filmes.

Minha postagem de hoje é sobre o filme Manderlay. Se vocês puderem dar um pulinho lá, será gostosinho. Aceito e imploro (rs) sugestões de filmes!

Para ir para lá clique aqui.

beijos,

Dai



 http://arsempalavras.blogspot.com/2010/09/manderlay-2005-diretor-lars-von-trier.html

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Ao aniversariante (post "pessoal")

É até irônico dizer que me faltam as palavras, não é? Sempre tão pronta a falar, dar opinião, rabiscar alguns versos. Mas agora faltam, sim. Falar de carinho sempre me dá medo, o receio de cair no clichê, da usar e abusar das frases feitas, medo de tocar, ao fundo, Reginaldo Rossi.

Queria, ao menos, te abraçar. O que as palavras perdem em burocracia os gestos ganham em eficiência. Esse dia é seu, e por ser seu é meu também, você sabe que me aposso de você. Mais um tempo e te trago pra minha casa baseada no uso capião. Que me impeçam! Tenho todos os pronomes possessivos ao meu lado!

Te parabenizo hoje, não porque é a data do seu nascimento, isso é só um pretexto. O seu aniversário é a tua foto na minha memória me lembrando que hoje é um bom dia para eu dizer o quanto você é único. Não só por aquilo que você é. Mas porque tudo o que você faz condiz com o que você é.

Isso é para poucos.

beijo de água gelada,

love

Professor ganha mal?

Hoje lá no Meninas Improváveis eu falo um pouco sobre isso: será que professor ganha mal? Ele tem que aguentar tudo? Seria bacana, mesmo, ter outros pontos de vista. Passem por lá e opinem!


"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. "
Paulo Freire