terça-feira, 23 de setembro de 2014

11 coisas que eu aprendi no Startup Weekend Ribeirão que valem pra vida


Este post foge um pouco (muito) da temática deste blog, mas achei a experiência bem legal e resolvi compartilhar aqui com vocês.
O Startup Weekend é o maior evento de startup do mundo e eu tive a oportunidade de participar da edição em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
Separei aqui 11 tópicos que aprendi (ou reforcei melhor) no evento.



1 - Primeiro você precisa ter o problema, depois a solução.

Soa meio óbvio, mas não é. A maioria das pessoas parte da solução/ideia: “vou fazer uma aplicativo que mostra como fazer omelete porque eu amo omelete e não sei variar. Conversei com 2 primos meus e eles disseram o mesmo”.  Depois disso, procuram como encaixar as coisas, como encontrar mais pessoas, como a ideia virar negócio. O problema maior disso? Você se agarra à ideia. Você passa horas e horas tentando convencer as pessoas sobre a maravilha da omelete e de um app pra isso, sendo que se você se agarra ao problema, “pessoas querem variar omelete e não sabem”, poderia ficar muito mais aberto a encontrar várias soluções, poderia chegar a conclusão que o melhor mesmo é fazer um canal no youtube com a Palmirinha, por exemplo. Você não tem compromisso com a sua ideia, você tem compromisso com o problema, por isso ele é a primeira coisa que temos que validar.

2 - Você ser um bom argumentador não faz sua ideia ser mais válida.

Você conseguir argumentar sobre a sua ideia não quer dizer necessariamente que ela seja viável. Até porque, muitas vezes temos o hábito de ir mudando o escopo de acordo com a pergunta:
A – Minha ideia é vender salada de frutas com banana , laranja e morango.
Mentor: Mas como você vai fazer para ter morango o ano inteiro sendo que ele tem época específica?
A – Quem disse que a salada de fruta tem que ter morango?
Mentor: Você disse que teria morangos, mas ok, como você vai fazer para refrigerar a salada?
A – Eu vou vender em temperatura ambiente.
Mentor: Mas as pessoas vão querer pagar uma salada de frutas quente de laranja e banana?
A – Quem disse que eu vou vender? Eu vou dar.
Você pode ter deixado o mentor sem resposta, mas você também ficou sem negócio.

3 - O problema existir não quer dizer que as pessoas realmente querem solucionar



Você entendeu a ideia. O quadrinho é autoexplicativo (apesar de ser simplista em dizer como emagrecer). Ter um problema não quer dizer necessariamente que as pessoas estejam dispostas a fazer algo efetivo para solucioná-lo. Tirar dinheirinho do bolso é ainda mais complicado que fazer uma caminhada.

4 - Todo mundo tem ideia, muitos têm uma ideia boa, alguns têm idéias que rendem dinheiro.

No começo do evento, na sexta, você via vários grupos empolgados gritando o nome da equipe etc. Às 8h30 da manhã, no sábado, 13 entre 15 grupos confidenciavam entre si com sorrisinhos mal contidos: “aaaaah manoooo, a gente vai ganhar saporra”. Às 13h, boa parte estava pensando em abrir uma cachaçaria para solucionar o problema da necessidade de pinga para afogar as mágoas dos participantes ali.
No domingo, havia um revezamento para chorar no banheiro escondido, deitado em posição fetal.



Não acredite tanto no meu drama. Mas a oscilação de sentimentos foi essa, de euforia a achar a ideia ruim, depois de achar a ideia boa, depois de muito ruim, depois de excelente, depois de péssima e por fim ajustar sabendo que havia muito para desenvolver na segunda em diante. Acredito que todos clarearam as ideias e entenderam o processo para se transformar ideia em negócio. Foi um fim de semana mais para fazer perguntas que para concretar respostas.

5 - Se você não consegue vender a sua ideia para a sua equipe, não conseguirá vender para um investidor.

Você precisa responder a todas as perguntas da sua equipe. É simples: se você não consegue responder as perguntas da sua equipe, quanto mais dos mentores e/ou investidores.
Parta sempre da premissa que a sua ideia pode ter furos e não que os membros da sua equipe são tapados e não conseguem ver a genialidade da sua ideia. Isso te poupa tempo.

 6 - Uma ideia é muita coisa sim.
Sabe aquela coisa de “uma ideia no papel não é nada”? Então, no papel pode não ser nada, mas dita a alguém, pode ser muita coisa. Isso funciona para o bem e para o mal. Para o bem é o que fazemos no Startup Weekend, você conta sua ideia e um grupo de pessoas faz com que ela seja alguma coisa. Para o mal é você contar a ideia para alguém e ele executar sim – sem você. Nunca igual a você, mas talvez até melhor (risos nervosos aqui). A segurança que você pode ter é a seguinte: alguém pode tentar executar a sua ideia mas não desenvolve-la, dar sequência, porque é você quem teve a ideia e consegue visualizar as soluções para os problemas que essa solução levanta.



7 - Público-alvo funciona desde sempre.

Saiba para quem você está vendendo e foque nisso. Você quer vender banana, tem gente que não come banana, você pode:  a) focar no público que já come banana e oferecer a mais bonita, saborosa e deliciosa pamonha banana que eles já comeram, ou b) criar uma banana com gosto de amora e aparência de morango.
Quando perguntarem “e tal pessoa que não faz isso que você está querendo?” não tenha medo de responder: então não é meu público.

8 - Você precisa MESMO de um designer

Pode brigar comigo, mesmo, mas os grupos que tinham uma apresentação bonita e harmoniosa já imprimiam uma outra sensação nos jurados e no público.
Se aparência não importasse, não existiria o “The Voice”: um programa que pra conseguir julgar apenas a voz, o jurado tem que ficar de costas.

9 - Você precisa entender seu produto e ser realmente bom em lidar com ansiedade em público.
       
Sei que vai soar duro, e é mesmo. Mas o momento de apresentar o seu negócio não é a hora de tapinha nas costas e nem hora de trabalhar a auto-estima de alguém da equipe. Você precisa escolher quem é mais seguro para falar em público; quem realmente está entusiasmado com a ideia; quem praticamente saiu do evento e foi tatuar o nome do projeto no pescoço.
Passei de projeto em projeto e sabia do que se tratavam as ideias, e praticamente não as reconheci quando apresentadas na hora do pitch por boa parte dos grupos.
Como empresa, essa é uma decisão que vocês têm que tomar: a gente prefere enviar alguém para apresentar que tem mais chances de gerar interesse no negócio ou preferimos enviar alguém porque se não ele vai ficar #xatiado?
Deixe-me esclarecer, esse alguém vai ficar muito mais chateado se a ideia dele nunca gerar dinheiro.

Fonte: tallers mania


10 -  Se você está reparando na comida, você não está focado o bastante.

Já fui em muitos eventos, acredito que na maioria (tipo, 99%), as pessoas reclamavam de algum item: da internet, do coffee, do lugar, do som, do tempo, do ar-condicionado (ou da falta dele) etc. Neste fim de semana, eu não ouvi ninguém reclamar de nada, porque o foco era desenvolver uma startup. A pessoa ia, comia e voltava a trabalhar. O evento estava bem organizado sim, mas se fossem outras pessoas, com menos foco, poderiam arrumar algumas coisas para criticar, o pessoal (mais de 100 pessoas) estava tão pilhado que não pensou em mais nada. Se você está com tempo pra reparar nas plantinhas atrás do prédio, você está perdendo tempo.

11 - Citar essa frase do Henry Ford é clichê, mas eu vou.

“Se eu tivesse perguntado a meus clientes o que queriam, teriam dito um cavalo mais rápido” Henry Ford (adaptado).
Ter equilíbrio entre saber o que é inovação e o que é teimosia é um desafio IMENSO. Mas o que Sr. Ford falou é verdade, muitas vezes você pode propor uma solução que gere ‘desconfiança’, mas a publicidade também está aí para isso, para gerar desejo, o marketing está aí para demonstrar como usar.
Algumas ideias apresentadas no picth eram melhores na forma original, mas pela dificuldade em validar em um fim de semana, por exemplo, acabaram virando um cavalo mais rápido.

E você, já participou de um evento como esse? Vai participar ou é empreendedor? Deixe seu comentário aí!

4 comentários:

Unknown disse...

Dai, excelente post! Adoro eventos como esse e acho que eu adoraria participar de um deles! Adoro inovação e reconheço que não é qualquer um que tem uma boa ideia.

Beijos e muita inspiração em suas novas ideias!

Salmo Gardino disse...

Parabéns, a sua visão foi sensacional em todos os aspectos. Tive a oportunidade de participar do #SWRibeirao e confesso que foi um evento "fora da curva". Recomendo a todos que participem de eventos como este para enxergar que o mundo precisa de soluções e não apenas idéias.

Unknown disse...

thx

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Anônimo disse...

Re fana ka pheko bakeng sa ho phekoloa mathata a fapa-fapaneng tsa bophelo bo botle, ka ho sebedisa sethethefatsi se 'nile a fana ka le lijo-thollo e ka u phekola lefu lena ka ho feletseng.

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