sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Das coisas como são


Porque eu ainda queria você aqui. Porque ainda sinto o cheiro do seu suor. O peso do seu corpo cansado sobre o meu. Porque mesmo querendo dizer adeus, a frase que sai é fica mais um pouco. Porque sei fazer de cor o contorno das suas mãos. Porque todas as minhas músicas preferidas serviram de fundo para o nosso amor. Porque eu ainda quero mesmo sabendo que não deveria. Porque é difícil pra cacete. Porque seu cabelo é sedoso e pesado e escorregava entre os meus dedos como se tivessem crescido apenas para esse propósito. Porque eu vejo alguma sinceridade em seus olhos. Porque eu não sei explicar. Porque eu não posso mais e não vou. Fim.

4 comentários:

renatocinema disse...

A esperança e a felicidade precisam ser nossa eterna busca.

Luna Sanchez disse...

Bora conjugar o verbo "fluir" nos três tempos e também naqueles tempos particulares, pessoais, que só tu conhece e decidir qual combina melhor com o tempo de agora?

É o jeito, minha flor.

Cara foi feita (também) pra dar pra bater.

Um beijo.

Frau Forster disse...

Lindo demais, Dai.

Já me senti algumas preciosas vezes assim. Preciosas? Sim, as pessoas e experiências fazem parte da nossa história, ajudam a nos tornar quem somos. Mas por que algumas tem que ir embora? Acho que tudo tem uma razão e se não deu certo, é porque não era pra dar - pauto minha vida por essa frase (do contrário, já teria enlouquecido e nunca me recuperado de certas coisas).

Mil beijos

M.M. disse...

tento escrever sobre as coisas como deveriam ser e não sai. nem poesia, nem prosa.

isso que você vê nos olhos dele reflete a esperança. mesmo fechados, continua ali, em silêncio, esperando a hora ... sem tempo.

mas ao seu tempo, passa.


MM