Estou atrasada com os lançamentos do cinema, portanto fui assistir Amor Sem Escalas apenas esta semana. E me digam, o-que-que-é aquele homem? O George Clooney está mais velho, é verdade. Mas é justamente nessas horas que a gente vê que não é um privilégio exclusivo do vinho melhorar com o tempo. E eu sorveria até a última gota, de ambos.
Eu fui à espera de uma comédia romântica e na verdade o filme é um drama, leve, mas é.
Vou comentar só um aspecto do filme. Ele já tem seus 40 e tantos anos e nunca casou, e o filme vai trabalhar com essa oposição entre 'curtir' a vida e não se prender a relacionamentos com casar e construir uma família, entre outras coisas. Como estou me esforçando para não contar o filme, quero questionar apenas essa oposição.
Será que tem que ser assim? Ou você é bem-sucedido e trabalha com o que lhe satisfaz (que no caso dele não necessariamente o deixa feliz, mas ele gosta de poder viajar e etc.) curtindo boas oportunidades que aparecem ou você casa e vai viver uma vida sem grandes emoções, mas pelo menos tem uma companhia?
Quero de fato acreditar que dá para conciliar os dois, não a parte dos relacionamentos calientes nas viagens, claro, que aí já seria demais (seria? Ops, claro que sim), mas falo da parte de fazer o que gosta e não ter que seguir a ordem que o próprio futuro cunhado do Clooney afirma, que é: nascer, casar, ter filhos, que casarão e terão filhos, que serão seus netos e por fim, a morte. “Qual é o sentido disso?” o cunhado se pergunta. Eu também não vejo nenhum, não assim, não desta forma.
Parece-me que entre uma coisa e outra tem que haver o meio termo. Quero dizer, que tem que haver uma forma de ter um pouco de adrenalina e mesmo assim constituir uma família. Sei que há pessoas que acreditam que não há missão mais sublime do que a de ser mãe, pode até ser, mas e até lá? E durante? E depois?
Eu conheço muitas pessoas que me dizem: é assim mesmo, você tem que se anular. Tem mesmo? Mas e se existe outro caminho e simplesmente ele não é o mais trilhado? Esses dias a Luna, respondendo a uma pergunta, disse que ela preza pela individualidade, que em um relacionamento tem que ser 1+1=2, e que não entende quando pensam que 1+1=1. Eu também não. E para mim a conta continua, 1+1=2+1=3. E é dessa forma que eu acho que uma família se forma: somando e não subtraindo.
O bonito das pessoas não é justamente a singularidade de cada uma? Então por que o nivelamento? Por que se anular se justamente o que chamou atenção do ser que te pediu em casamento foi sua maneira de ser? Quando se anula, como determinar com absoluta certeza que o essencial não está indo pelo ralo também?
No filme a personagem de Clooney tem a vida que quer, mas chega uma hora que a vida que tem não lhe basta e então ele busca por outro estilo de vida, o desfecho dessa busca pode ter sido considerado por muitos um fracasso para ele, mas para mim não foi, para mim foi apenas a primeira tentativa que não deu certo, mas agora que ele percebeu que quer algo a mais, ele pode encontrar. O importante é seguir o próprio ritmo, não adianta querer seguir um ritmo imposto, você tem que perceber e acompanhar o compasso, assim se atinge a harmonia.
Eu fui à espera de uma comédia romântica e na verdade o filme é um drama, leve, mas é.
Vou comentar só um aspecto do filme. Ele já tem seus 40 e tantos anos e nunca casou, e o filme vai trabalhar com essa oposição entre 'curtir' a vida e não se prender a relacionamentos com casar e construir uma família, entre outras coisas. Como estou me esforçando para não contar o filme, quero questionar apenas essa oposição.
Será que tem que ser assim? Ou você é bem-sucedido e trabalha com o que lhe satisfaz (que no caso dele não necessariamente o deixa feliz, mas ele gosta de poder viajar e etc.) curtindo boas oportunidades que aparecem ou você casa e vai viver uma vida sem grandes emoções, mas pelo menos tem uma companhia?
Quero de fato acreditar que dá para conciliar os dois, não a parte dos relacionamentos calientes nas viagens, claro, que aí já seria demais (seria? Ops, claro que sim), mas falo da parte de fazer o que gosta e não ter que seguir a ordem que o próprio futuro cunhado do Clooney afirma, que é: nascer, casar, ter filhos, que casarão e terão filhos, que serão seus netos e por fim, a morte. “Qual é o sentido disso?” o cunhado se pergunta. Eu também não vejo nenhum, não assim, não desta forma.
Parece-me que entre uma coisa e outra tem que haver o meio termo. Quero dizer, que tem que haver uma forma de ter um pouco de adrenalina e mesmo assim constituir uma família. Sei que há pessoas que acreditam que não há missão mais sublime do que a de ser mãe, pode até ser, mas e até lá? E durante? E depois?
Eu conheço muitas pessoas que me dizem: é assim mesmo, você tem que se anular. Tem mesmo? Mas e se existe outro caminho e simplesmente ele não é o mais trilhado? Esses dias a Luna, respondendo a uma pergunta, disse que ela preza pela individualidade, que em um relacionamento tem que ser 1+1=2, e que não entende quando pensam que 1+1=1. Eu também não. E para mim a conta continua, 1+1=2+1=3. E é dessa forma que eu acho que uma família se forma: somando e não subtraindo.
O bonito das pessoas não é justamente a singularidade de cada uma? Então por que o nivelamento? Por que se anular se justamente o que chamou atenção do ser que te pediu em casamento foi sua maneira de ser? Quando se anula, como determinar com absoluta certeza que o essencial não está indo pelo ralo também?
No filme a personagem de Clooney tem a vida que quer, mas chega uma hora que a vida que tem não lhe basta e então ele busca por outro estilo de vida, o desfecho dessa busca pode ter sido considerado por muitos um fracasso para ele, mas para mim não foi, para mim foi apenas a primeira tentativa que não deu certo, mas agora que ele percebeu que quer algo a mais, ele pode encontrar. O importante é seguir o próprio ritmo, não adianta querer seguir um ritmo imposto, você tem que perceber e acompanhar o compasso, assim se atinge a harmonia.